Ana Clara Melo – Nuca de Serra Talhada, Pernambuco
Com apenas 13 anos, Ana Clara Melo já acumula experiência em fazer parte do NUCA de Serra Talhada, em Pernambuco. Já são três anos no grupo, sendo um ano como ouvinte. A motivação da adolescente em ingressar nesta estratégia do Selo UNICEF para garantir a participação cidadã de adolescentes foi ter a chance de mudar não apenas a sua realidade, mas também a de outras crianças e adolescentes da sua cidade.
“Vi que através do NUCA eu poderia ser a voz daqueles que não tem a mesma oportunidade”, disse a estudante do 8ª ano do ensino fundamental II. Empenhada com este propósito, Ana Clara é uma das lideranças do grupo no tema Mudanças Climáticas. Através de ações da campanha #EntrenoclimaUNICEF, o NUCA de Serra Talhada já realizou diversas atividades sobre a temática e firmou parceria com organizações locais, como o Instituto Serra Grande e com o Centro de Educação Ambiental, do SESC.
“A campanha nos deu uma causa significativa para nós envolvermos e, sem dúvida, aumentou o nosso senso de propósito e contribuição. Ela promoveu a interação não só com adolescentes e jovens, mas também com jovens e adultos. Desenvolvemos habilidades de comunicação e liderança e, acima de tudo, aumentamos a nossa apreciação pela natureza e a vontade de protegê-la. Todas as atividades nos ajudaram a entender os desafios que enfrentaremos como adultos, se não nos tornamos mais conscientes e engajados globalmente”, destacou a adolescente.
Para Ana Clara, uma das ações de destaque do NUCA Serra Talhada na campanha #EntrenoclimaUNICEF é o projeto Serra Grande, em conjunto com o Instituto Socioambiental da Serra Grande. A iniciativa tem o objetivo de promover o recaatingamento do bioma da região, através do uso sustentável de recursos naturais. A ação envolve não só os adolescentes do NUCA, mas também os moradores da cidade, a comunidade escolar, além de universidades.
“Mais de 5 mil mudas foram plantadas e estima-se que até o final do ano possamos plantar 25 mil mudas de plantas nativas da nossa região, com o objetivo de não deixar o nosso bioma morrer. O projeto também nos estimulou de uma forma única. Além do recaatingamento, passamos a dar mais valor à nossa culinária, consumindo mais alimentos da nossa própria região, saborosos, como por exemplo, o umbu”, disse Ana Clara.