"Na escola, aprendi a comer mais fruta, salada, verdura e legumes"

Criança com uniforme escolar branco de gola azul olha para a câmera e sorri. Ao fundo, temos uma vegetação verde

Polyane Moreira já aprendeu o que faz bem à saúde e quer ser médica, quando crescer, para cuidar da saúde de outras pessoas 

Criança com uniforme escolar branco de gola azul olha para a câmera e sorri. Ao fundo, temos uma vegetação verde
UNICEF/BRZ/Luiz Marques

 

“Mãe, hoje na escola, eu aprendi uma coisa muito legal! Aprendi que as comidas mais importantes são as saladas, as verduras e os legumes. E não brigadeiro, refrigerante. Você sabia?”. A pergunta de Polyane, 9 anos, intrigou sua mãe, Lenira Maria Fróis Moreira.

Para garantir a alimentação saudável de crianças nas escolas, os municípios participantes do Selo UNICEF foram estimulados a desenvolver projetos com foco na qualidade da merenda escolar e na conscientização das crianças sobre nutrição (confira aqui). E escola municipal onde Polyane é aluna implementou um projeto voltado à importância da alimentação saudável. Através dele, a menina pôde aprender na prática sobre cultivo de alimentos orgânicos e refeição balanceada. 

“Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pelo menos 30% da merenda escolar deve vir de produtos da agricultura familiar. Sabendo disso, desenvolvemos um projeto no município, com foco na qualidade da merenda escolar e na conscientização das crianças sobre nutrição”, conta Vandernina Maia Gonçalves, chefe da Divisão de Atendimento ao Educando, da Secretaria Municipal de Educação de Santarém.

Polyane mexe em uma horta na escola

Na escola em que Polyane estuda, as mudanças começaram com a chegada de novos alimentos ao cardápio e a inclusão do tema da nutrição na grade curricular. “Com a vinda do projeto, a Secretaria passou a trazer esses alimentos para a nossa merenda. Fizemos também um trabalho com os professores, para incluir o tema na sala de aula, e levar os alunos para o campo, para conhecer melhor os alimentos, onde são plantados, como são feitos. Criamos uma horta na escola, que hoje é cuidada pelas crianças e colhida para a merenda”, explica o coordenador pedagógico Fábio Bruno de Araújo Barbosa.

Os resultados superaram as expectativas. “Antes do projeto, as crianças não tinham muita informação sobre a alimentação saudável. Aos poucos, elas foram experimentando novos alimentos, os pratos foram ficando mais coloridos e elas acabaram gostando”, comemora o coordenador.

Quando perguntada sobre o que aprendeu, Polyane dá uma aula: “O projeto foi muito legal! Eu aprendi a comer mais fruta, salada, verdura e legumes. E a deixar de lado as besteiras, como refrigerante e bolacha recheada. Essas comidas contêm muito açúcar, muito sal, e fazem mal à saúde. Hoje, eu sei que o importante é comer o que faz bem. Quando crescer, quero ser médica e cuidar da saúde das pessoas”.

Selo UNICEF

A conscientização de crianças e adolescentes sobre alimentação saudável faz parte das políticas públicas que devem ser priorizadas pelos municípios participantes do Selo UNICEF – Edição 2017-2020.

A Edição 2017-2020 do Selo UNICEF conta com a participação de mais de 1.900 municípios de 18 Estados brasileiros. Eles assumiram perante o UNICEF o compromisso de implementar políticas públicas para a redução das desigualdades e de garantir os direitos das crianças e dos adolescentes previstos na Convenção sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

A experiência das edições anteriores comprova que os municípios certificados com o Selo UNICEF avançam mais na melhoria dos indicadores sociais do que outros de características socioeconômicas e demográficas semelhantes, mas que não foram certificados ou não participaram da iniciativa.