Municípios fortalecem vacinação de crianças com Busca Ativa Vacinal

Técnicos de Pacajá, no Pará, concluem o curso da BAV
Técnicos do município de Pacajá_PA com seus diplomas do curso sobre a Busca Ativa Vacinal. FOTO_ Maria do Carmo
Técnicos do município de Pacajá_PA com seus diplomas do curso sobre a Busca Ativa Vacinal. FOTO_ Maria do Carmo

Já são mais de 1.235 profissionais das equipes de imunização municipais capacitados, em 161 municípios no curso virtual da estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV) até o início do mês de abril. A estratégia é uma iniciativa  do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em parceria com a Pfizer, com apoio regional do Instituto Peabiru. 

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) três a cada 10 crianças no Brasil, não receberam vacinas básicas para a proteção de doenças evitáveis, cenário mais agravante em cidades no norte. Por isso o UNICEF, em parceria com a Pfizer, criaram a estratégia Busca Ativa Vacinal (BAV), iniciativa em resposta aos baixos índices de cobertura vacinal infantil no Brasil. Nos estados Amapá, Mato Grosso, Pará e Tocantins o curso é promovido pela iniciativa Selo UNICEF, edição 2021-2024, e chega aos  municípios adesos. Até março, concluíram o curso 1.235 profissionais municipais da saúde, assistência e educação, em 161 municípios nos quatro estados.   

A BAV começa no município com a adesão pelo prefeito ou prefeita, e segue com o cadastro do gestor político e equipe técnica. Após a realização do curso, a equipe municipal identifica crianças, de forma prioritária, as que estão em situação de vulnerabilidade social, onde o município irá emitir, investigar e monitorar alertas de casos de atraso vacinal infantil. 

Oficial em saúde na Amazônia Legal, Antônio Carlos Cabral.
Oficial em saúde na Amazônia Legal, Antônio Carlos Cabral.

O oficial de saúde do UNICEF na Amazônia Legal, Antônio Carlos Cabral, relembra que a baixa cobertura já era uma preocupação antes da pandemia, e que nos últimos dois anos se agravou. “O cenário é preocupante desde 2015, e desde então a gente alerta para a baixa cobertura vacinal. Trazer esse tema da BAV traduz a nossa preocupação no UNICEF. A plataforma é um auxílio aos municípios para melhorar esses indicadores, e qualificar a equipe para que a vacina chegue a cada criança do município” declara Antônio Carlos. 

Capacitação - As equipes de imunização são as primeiras a realizar o curso da BAV, totalmente online e gratuito. Entre os municípios do Pará, Parauapebas se destaca. A coordenadora operacional da plataforma no município, Aline Marques, afirma que o curso online é excelente: “Vai trazer diversos benefícios para o município no alcance de metas e na procura das crianças com a carteira desatualizada,” comenta.

Em Gurupá, no arquipélago do Marajó, o Gestor Político da BAV, João Paulo, relata que com as aulas online “se torna muito mais fácil fazer uma estatística sobre o percentual de cobertura vacinal. Vai ajudar muito na logística, em como trabalhar, como desenvolver”.

Adesão - Nesse primeiro momento, a realização do curso é obrigatória para apenas dois técnicos da plataforma: o Gestor Político, responsável por articular o processo político para a implementação da estratégia, e o Coordenador Operacional da Saúde, responsável por auxiliar o Gestor Político, acompanhar a plataforma e coordenar a equipe - composta por vários profissionais de diferentes áreas de atuação. A adesão à BAV e realização dos cursos é uma tarefa obrigatória para os municípios que fazem parte do Selo UNICEF. Os municípios no Selo UNICEF tem o prazo até 2024 para alcançarem a meta de cobertura vacinal da tríplice viral D2 em 95%.

Sobre o Selo UNICEF

O Selo UNICEF é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para estimular e reconhecer avanços reais e positivos na promoção, realização e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em municípios do Semiárido e da Amazônia Legal brasileira. Nesta edição, 2.023 municípios aderiram e nos próximos anos desenvolverão uma série de ações para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes. Para saber mais acesse www.selounicef.org.br 


Instituto Peabiru