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O Conselho Tutelar de Urbano Santos (MA) começou a acompanhar a família de Marineide Alves Valentim. A moça vivia sozinha, com cinco dos nove filhos, e muitas dificuldades financeiras. Por conta disso, as crianças acabavam ficando muito sozinhas em casa.


          Quando a conselheira tutelar Meyre Santos começou a conhecer melhor a situação, descobriu que os dois filhos mais novos, Gabriel, 1 ano, e Bruna, 4 anos, não tinham registro de nascimento. A mãe queria que o pai das crianças assumisse suas obrigações e registrasse os filhos. Ele se negava. E ela tinha receio de que fazer o registro sozinha o desobrigasse a ajudá-la financeiramente. “Depois de muita conversa, explicamos a ela que o registro era um direito das crianças”, conta Meyre.


         Junto com o registro, veio a vaga na pré-escola para a Bruna, que já tinha idade para ingressar nela. E as ações não pararam por aí. “Percebemos que as crianças precisavam de mais apoio e nos articulamos com diferentes áreas para garantir a proteção integral a eles”, diz a conselheira.


        O município organizou uma rede para cuidar de Gabriel, Bruna e dos outros três irmãos, Eliesio, Willian e Caroline. Os mais velhos já estavam na escola e passaram a frequentar, no contraturno escolar, o CREAS e o Centro de Convivência. Com isso, as crianças passaram a estar atendidas durante todo o dia, com diversas atividades, em vez de ficar em casa. O diálogo entre os serviços foi se tornando cada vez mais forte, fazendo com que as informações fossem compartilhadas e as crianças estivessem protegidas. Hoje, a situação da família ainda é difícil, mas Marineide e os filhos têm com quem contar.