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Músicas, compromissos, parcerias e gratidão deram o tom do primeiro 2º Ciclo de Capacitação do Selo UNICEF no Ceará, que começou de maneira lúdica e cheia de emoção, com a presença dos representantes dos 77 municípios do polo de Fortaleza, que compareceram em peso e lotaram o auditório do Condomínio Espiritual Uirapuru, em Fortaleza, no dia 10 de maio.

A abertura teve show com o compositor Pingo de Fortaleza, que tem revitalizado a tradição do maracatu cearense e que cantou com o público loas sobre a gratidão, a vida e uma especial sobre a energia vital do sol, símbolo do Selo UNICEF, numa comparação de que tal qual o sol nasce para todos, os direitos também nascem. Ainda na abertura, um cortejo das seis edições do Selo UNICEF foi feito ao som do Tema da Vitória, com adolescentes nascidos em 2000, 2002, 2004, 2006 e pais de crianças nascidas em 2008, 2012 e 2016 – anos das entregas das certificações das edições anteriores, conduzindo os troféus entregues aos municípios reconhecidos para lembrar que a vitória está na vida das crianças.

Ainda durante a manhã, o coordenador do UNICEF para o Ceará, Rui Aguiar, socializou a experiência da criação de um Comitê de Políticas Públicas formado no Ceará, que reúne um grupo de parceiros para cada grupo populacional trabalhado nesta edição do Selo UNICEF e estimulou as parcerias locais. O Comitê se subdivide em atividades voltadas para crianças e adolescentes excluídos, vulneráveis, vítimas de violência extrema e cidadãos engajados. Nessa capacitação, estavam presentes representantes das instituições que integram os grupos das crianças e adolescentes vítimas e o dos engajados - Ministério Público do Estado do Ceará, Ministério Público do Trabalho, Coordenadorias da Juventude e de Mulheres do Estado, Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas) – além da CPFL Energia e da Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), parceira na implementação do Selo UNICEF.

Em um segundo momento, os participantes foram divididos em quatro grupos nos quais puderam aprofundar e tirar dúvidas acerca de alguns temas como a busca ativa escolar, direitos sexuais e reprodutivos, situação de violência extrema (homicídios, suicídios e acidentes de trânsito) e os desafios e funcionamento dos NUCAs.

Para Fernando Claiver, adolescente do NUCA do município de Choró, no Sertão Central cearense, a mudança deve vir da juventude: "Aqui tem vários adolescentes, cada um pensa uma coisa diferente, cada um pode fazer a sua mudança. Se cada um der a sua opinião, tenho certeza que muita coisa vai mudar nas nossas cidades, no nosso Estado e no Brasil. Nós, jovens, devemos buscar o empoderamento, na escola, com nossos amigos, nas comunidades, não ter vergonha de expor nosso pensamento. Porque nós podemos mudar não só o nosso futuro mas o futuro de todos".

Opinião compartilhada por Raquel Menezes, do NUCA de Pentecoste, que sabe dos desafios para se mudar o pensamento adultocêntrico mas que tem disposição de sobra: “Não vai ser fácil, a gente vai enfrentar obstáculos pra mudar o pensamento de muitas pessoas mas a gente vai entrar nas casas e vai mudar o pensamento de crianças, jovens e adolescentes e para isso é importante cada um de nós, porque nada melhor do que um jovem pra falar com outro jovem. Essa luta não é minha, nem só de vocês, mas é nossa, é por um Brasil melhor, uma cidade melhor, um município melhor".

Dia 15 será a vez do polo de Juazeiro do Norte (que reúne 51 municípios) e dia 30 em Sobral (com 48 municípios).