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Adolescentes se abraçam

No Selo UNICEF, meninas e meninos exercem seu direito à participação

 

"No NUCA, a gente tem voz e vez”. A fala resume bem um pilar essencial do Selo UNICEF: a participação dos adolescentes. A adolescência é uma fase única de desenvolvimento e cheia de oportunidades. E o Selo UNICEF incentiva os municípios a aproveitar todo esse potencial em prol dos direitos de meninas e meninos. 

Cada município é convidado a criar seu núcleo de cidadania dos adolescentes (NUCA), também chamado de Juventude Unida pela Vida na Amazônia (JUVA) em alguns estados. O núcleo é um grupo composto por pelo menos 16 adolescentes, 8 meninas e 8 meninos. A ideia é mobilizá-los para promover mudanças, descobrir habilidades, conhecer o lugar onde vivem e propor sugestões para melhorar a vida de crianças e adolescentes dos municípios do Semiárido e da Amazônia.
 

Apoiados pelo mobilizador de adoles- centes de cada município, meninas e meninos são convidados a realizar uma série de desafios. As ações são baseadas na ideia de educação entre pares. Um adolescente dialoga com outro, na sua linguagem, e ajuda a transformar realidades.


O resultado disso... bom, mais fácil deixar elas e eles contarem! Com a palavra, adolescentes!

1.544 NUCAs e JUVAs no Semiárido e na Amazônia
 

Depoimentos: 
 

© UNICEF/BRZ/RAONI LIBÓRIO Acássio de Sousa, 14 anos, Horizonte (CE)

"Muitos adolescentes estão esquecendo a vida da escola para ir para a rua. E,
lá na rua, eles ensinam outra coisa. Eu faço parte do NUCA. Gosto de mobilizar os alunos, assim eles vão querer ir para a escola. Se engajando, eles podem mudar a história deles”.
 

 

© UNICEF/BRZ/RAONI LIBÓRIO Josielle da Silva, 17 anos, Panelas (PE)

"O NUCA é uma porta aberta. É uma forma de mostrar que o adolescente pode tudo. Ele é o presente, não o futuro. Estamos aqui para cobrar nossos direitos. O município nos ajuda, nos incluindo nos eventos da cidade e dando visibilidade” 

 

             © UNICEF/BRZ/PABLO PINHEIRO       Maria Letícia Gomes, 15 anos, João Câmara (RN)

 

É importante nos educarmos uns aos outros, entre pares. É diferente
aprender com alguém que vive a mesma fase que você. A linguagem se torna mais fácil e livre da culpa ou do sermão. Hoje, com o NUCA, a vida mudou muito” 

 

         © UNICEF/BRZ/JACKSON SOUZA      Juliana Carolina da Silva Lima, 18 anos, Boa Vista (RR)

"O JUVA me aproximou da minha comunidade. Questionei coisas até em minha casa.
Por que o machismo? Como aceitamos essa violência no Brasil? O que faço para que o lugar onde moro melhore? E, desde então, não parei mais minha luta por direitos” 

 

© UNICEF/BRZ/JOÃO PAULO MARTINS Wilson Guilherme  Pereira, 19 anos, Porto Velho (RO)

"O JUVA me deu asas para ajudar a modificar a vida de outras pessoas. Agora, trabalho na Secretaria de Estado da Assistência Social, com fortalecimento dos conselhos. Só protagonismo faz as políticas acontecerem de verdade” 

 

 

© UNICEF/BRZ/RAONI LIBÓRIO Felipe Caetano, 17 anos, Aquiraz (CE)

 

Eu comecei a trabalhar com 8 anos. E foi graças ao NUCA que pude sair do trabalho infantil. Aprendi meus direitos e ajudo outros adolescentes. Agora, quero ingressar no Ministério Público do Trabalho (MPT) para continuar combatendo o trabalho infantil”

 

 

© UNICEF/BRZ/RAYSSA COE José Otávio Pantoja , 19 anos,de Macapá (AP)

 

"Calado, não cooperava para mudar o preconceito que sofria. Era mais um sem voz.
Sofri racismo simplesmente pela cor da minha pele, do meu cabelo e por ser ativista LGBT” 

 

           © UNICEF/BRZ/TACIANO BRITO               Sanaely de Medeiros,17 anos, Urbano Santos (MA)

"Aqui, há muitas adolescentes grávidas. No NUCA, a gente se mobilizou e fez ações em várias escolas, tirando dúvidas. Eu aprendi muito e ajudei outras pessoas. Eu não quero filho agora, estou focada nos meus estudos”