Articulação entre saúde, educação e assistência social ajudou Ribeirópolis a reduzir obesidade infantil

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Graças à articulação das políticas de saúde, educação e assistência social, o município de Ribeirópolis (SE) conseguiu reduzir o número de crianças com idade de zero a cinco anos acima do peso. Enquanto 10% das crianças com menos de 5 anos estão com peso acima do adequado para a idade em Sergipe, esta proporção no município de Ribeirópolis é de 8%. Apesar de estar abaixo da média do estado, o percentual está acima da média nacional, que é 7,5%.

A estratégia adotada foi simples e eficaz: os agentes comunitários de saúde passaram a fazer visitas mensais a todas as escolas da rede municipal – inclusive as localizadas nos povoados e na zona rural – para realizar os procedimentos de pesagem e medição dos estudantes. 

“Ao identificar uma criança acima ou abaixo do peso, os agentes comunitários de saúde as encaminham para que sejam acompanhadas por um nutricionista”, explicou a articuladora do Selo UNICEF no município, Thairine Santos Barreto.  

Ela é assistente social de formação e destaca a importância dos agentes comunitários de saúde para o sucesso da ação. “Os agentes estão em contato direto com as famílias dos estudantes, conhecem as pessoas e vão até elas. Passamos a fazer isso na escola e tem trazido excelentes frutos”, apontou. 

Ela conta que os pais também passam por acompanhamento do nutricionista. “O trabalho de conscientização que realizamos é voltado para as famílias, pois, em muitos casos, quando a criança é obesa, os pais têm a tendência a também estarem acima do peso e a ter uma alimentação rica em ultraprocessados, frituras e açúcar branco. Não adianta a criança aprender sobre como ter uma alimentação saudável se quem compra os alimentos em casa são seus pais”, avaliou a articuladora. “Temos uma cultura de que criança saudável é aquela criança gordinha e não é bem assim. Precisamos desmistificar isso”, alertou Thairine. 


Já as crianças que estão abaixo do peso, conta Thayrine, são encaminhadas para a política de assistência social. “A maior parte destes casos, diz respeito à dificuldades materiais por quais passam muitas famílias. Então elas passam a ser acompanhadas e a receber benefícios socioassistenciais, como cestas básicas e o bolsa família”, apontou.

Ter nos munícipios programas de melhoria do estado nutricional das crianças e adolescentes é um dos resultados esperados nos municípios que participam do Selo UNICEF – Edição 2017-2020. A promoção do aleitamento materno e estratégias para prevenir obesidade e desnutrição junto a meninas e meninos estão entre as ações previstas. 

O Selo UNICEF 
A Edição 2017-2020 do Selo UNICEF conta com a participação de mais de 1.924 municípios de 18 estados brasileiros, na Amazônia e no Semiárido. Seu sucesso é resultado da parceria entre o UNICEF e governos estaduais e municipais por meio da atuação integrada entre diferentes níveis de governo voltados às crianças e adolescentes. 

Alcançar 1.924 municípios que participam do Selo UNICEF só é possível graças ao apoio de milhares de doadores individuais e de parceiros corporativos como Amil, Instituto Net Claro Embratel, Fundação Itaú Social, RGE, Enel, Coelba, Cosern, Celpe, BNDES, CPFL, Sanofi, Energisa, Celpa e Cemar. Mais informações sobre o Selo UNICEF em www.selounicef.org.br.

Sobre o UNICEF – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 países e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas. www.unicef.org.br